segunda-feira, 13 de outubro de 2008
Triste
J.G. DE ARAÚJO JORGE.
Eu hoje acordei triste.
Há certos dias
em que sinto esta
mesma sensação
E não sei explicar qual a razão
porque as mãos com que escrevo estão frias.
E pergunto a mim mesmo: Tu não rias
inda ontem tão feliz. Dize-me, então,
por que sentes pulsar teu coração
destoando das humanas alegrias.
E nem eu mesmo sei dizer porque estou triste.
Quem me olha não calcula, com certeza,
o imenso caos que no meu peito existe.
A tristeza que eu sinto ninguém vê.
É a maior das tristezas, é a tristeza
que a gente sente sem saber porquê.
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